Um lugarejo de aproximadamente 400 habitantes aos pés da serra, assim é a Vila do Funil, localizada a 18 km do município de Rio Preto, em Minas Gerais. Para quem busca paz, sossego e contato com a natureza, é o lugar ideal. A Serra do Funil, dona de uma vegetação exuberante, atrai turistas não somente de Minas, mas também do Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades.
Dentre os inúmeros atrativos naturais da serra, destacam-se a Gruta do Funil, que fica a 1.104 metros de altura no seu ponto mais alto e que também é um local onde recebe cerimônias religiosas. A cachoeira Ronco do Leão e a queda d’água Ninho da Égua são algumas das inúmeras opções para se refrescar em suas águas geladas e revigorantes. Entretanto, a cachoeira que mais me chamou a atenção foi a cachoeira Água Vermelha. O acesso é por meio de uma trilha, que exige bom preparo físico, porém que vale a pena, pois o visual ao avistá-la é sensacional. A cor da água faz jus ao nome e o visitante pode até mesmo nadar como veio ao mundo, pois não é qualquer um que tem disposição para mais de 1 km de caminhada.
Jaguatirica, lobo guará, macaco sauáe, aves, como a coruja do mato, a siriema e o gavião habitam a região, em um dos poucos lugares onde a natureza ainda permanece preservada. De Rio Preto a Serra do Funil em estrada de chão, passamos por cadeias de montanhas de eucaliptos, vales, pastagens, fazendas antigas, gados ao longo da estrada, enfim, uma típica paisagem mineira.
Dicas:
– Visite a Gruta do Funil (ou como alguns chamam, Igreja da Gruta):
Na verdade, a gruta chama-se Água Santa e no seu interior foi feito uma capela católica, onde uma imagem de Nossa Senhora da Boa Morte repousa a beira do altar. Um local muito bonito, onde a fé e a natureza estão atreladas. Ouvi dizer que uma vez por mês ocorre missas no local.
No interior da gruta, há uma entrada para uma caverna com oito salões, mas eu não quis conhecer, pois estava muito escuro e a minha lanterna do celular não era muito boa, mas vale a dica para quem curte essas aventuras.
– Visitar o povoado do Funil:
E conversar com a dona Biguinha, uma simpática senhora dona de um bar que possui histórias interessantes sobre o lugar.
– Cachoeira Água Vermelha:
Uma das mais belas cachoeiras da região, na minha opinião. O esforço para alcançá-la vale a pena. Após alguns minutos de caminhada pela parte alta de um belo vale, descemos uma trilha íngreme em meio à vegetação até o local. Suas águas de cor escura devido aos minerais é um convite para banhar-se em sua piscina natural.
– Visitar outras cachoeiras:
Espinheira Santa, que possui uma hidromassagem natural, Quatro Quedas, Mundinho e Toca do Coelho, que é mais funda, ideal para quem curte nadar. Vale a pena conhecê-las, pois estão próximas uma da outra em uma trilha de fácil acesso.
Hospedagem:
A Vila do Funil possui algumas pousadas. Recomendo a Toca do Coelho, onde, além do atendimento ser excelente, faz o hóspede se sentir em casa. A pousada possui inúmeros atrativos, como tirolesa, cavalos, cachoeiras em torno da propriedade, slackline e um café da manhã incrível com bolos e sucos naturais. Os preços também são ótimos na relação custo/beneficio, por isso mesmo optei por ficar lá na companhia de mais três amigos. Além disso, o lugar é belíssimo, onde podemos esquecer o estresse do dia a dia e viver, mesmo que por um curto momento, no paraíso.
Serviços:
Vejas as melhores ofertas da cidade e região no site do nosso parceiro Booking.com.
– Pousada Toca do Coelho:
Diárias a partir de R$ 120 o casal, com café da manhã incluído. Existe também a opção de camping.
Tirolesa: R$ 7,00 cada descida. Caldos e petiscos a partir de R$ 5,00. Possui wi-fi.
Site: http://tocadocoelhofunil.com.br/portal/
Obs.: as cachoeiras Espinheira Santa, Quatro Quedas, Mundinho e Toca do Coelho fazem parte da pousada Toca do Coelho. Caso o visitante não esteja hospedado na pousada, é cobrado um valor de R$ 5,00 para visitação.
– Trilha no Wikiloc: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=11895004
– Distâncias: Valença: 45 km, Juiz de Fora: 108 km, Rio de Janeiro: 190 km, Belo Horizonte: 370 km e São Paulo: 360 km.
Sobre André Araujo
Quando era criança, meus amigos sonhavam em conhecer a Disney e eu já dizia África. O desejo tornou-se realidade mais de uma década depois e do jeito que eu imaginei. A partir de então, viajei para alguns lugares comuns e incomuns, no exterior e no interior do Brasil, descobrindo lugares, culturas e pessoas. Viajar para mim não é apenas um lazer, mas uma forma de ampliar os meus horizontes. Carioca, morador de Niterói e com uma lista imensa de lugares para visitar um dia.