Fala galera! Ano novo, viagem velha! Bom, não tão velha assim! Estivemos por lá em dezembro de 2010 e agora compartilho com vocês, reiterando nossos votos de feliz ano novo e agradecendo pela grande participação no blog e mensagens de apoio e carinho!
Nápoles (Napoli, em italiano) é uma cidade que sempre me fascinou. Com uma indiscutível riqueza histórica (boa parte patrimônio Unesco), Nápoles é também um lugar de fortes contrastes, de Máfia, de problemas, de um povo alegre que dá um jeitinho pra tudo. Enfim, é o lugar no exterior que mais identifiquei com o Brasil. Tanto pelos pontos positivos, quanto pelos negativos.
Saindo do aeroporto, a primeira coisa que me impressionou foram as buzinas. Na Suíça só buzinam se for algo realmente importante, mas por lá parecia uma festa rave feita por vários DJs dentro dos carros. Matei um pouco da saudade de Fortaleza, onde as pessoas também abusam desse acessório, mas Nápoles é inigualável. Mas a falta de educação e respeito no trânsito passa também pela falta do cinto, ultrapassagens por todos os lados, estacionamentos em qualquer lugar e tudo mais que se possa imaginar. Ver um carro sem um arranhão por lá é o mesmo que ver macarrão italiano temperado com ketchup.
O problema da segurança existe mesmo, mas você já deve ter visto na TV falando sobre o problema do lixo. Bom, realmente é algo crítico, tanto que o governo está apelando ao exército para tentar dar conta das milhares de toneladas de lixo que inundam as ruas da – bela – Nápoles e boa parte da sua periferia. Mas é um problema grave e enraizado, que causa muita vergonha aos habitantes. Mas, pelo menos pelo que vi, o povo também tem uma grande parcela de culpa, não separando o lixo para a reciclagem, sujando as ruas e jogando lixo pelas estradas.
As minhas críticas têm um ar nostálgico, pois não virei tão suíço ao ponto de achar que o mundo é preciso e perfeito. Um ponto positivo é a gastronomia, com destaque para a tradicional – e verdadeira – pizza italiana, que pode ser degustada na histórica ‘Pizzeria Da Michele (www.damichele.net – sempre tem fila de espera) ou na Pizzeria Trianon (http://bit.ly/hHdI9k). Estes são os lugares mais recomendados e disputados.
Nos nossos giros mais turísticos, sempre acompanhados de grandes amigos italianos que moram lá, passamos pela ‘Piazza del Plebiscito‘ (que abriga a ‘Basilica di San Francesco di Paola’, o ‘Palazzo Reale’, o ‘Palazzo Salerno’ e o ‘Palazzo della Prefettura’), pela ‘Via San Gregorio Armeno‘ (rua no centro histórico, famosa pelos presépios artesanais – um prato cheio na época de natal), ‘Castel Nuovo‘, ‘Castel dell’Ovo‘*, pela bela ‘Riviera di Chiaia‘ e – inevitavelmente – fizemos uma parada maior para curtirmos a visão panorâmica da ‘colina de Posillipo‘, com o golfo de Nápoles – o mar, as ilhas, o Monte Vesúvio, Castel dell’Ovo e o centro de Nápoles – na mesma enquadratura do cartão-postal!
Uma curiosidade, fora do olhar dos turistas, é a ‘Napoli sotterranea‘ (Nápoles subterrânea’), que tem quase a mesma dimensão da cidade e representa um importante registro cultural, arquelógico e histórico. É possível fazer visitas com guias, mas acabamos não visitando porque no inverno a umidade é muito alta e o frio é muito mais intenso que na superfície.
Ainda tiramos uma tarde para curtirmos as famosas ruínas de Pompeia, um passeio bem mais cultural, mas que esbanja charme! Pompeia será assunto para outro post. Detalhe que na região a média é de 250 dias de sol por ano, mas nossos 4 dias por lá não confirmaram muito essa estatística. Era quase sempre nublado, com uma leve garoa.
Uma coisa que realmente impressiona é o fato de que o vulcão do Monte Vesúvio ainda ser ativo, com uma abertura de 4Km de diâmetro! Não é a toa que é o vulcão mais estudado e monitorado ao mundo. Não se registra atividade do vulcão desde 1944, ainda sim, quase 600 mil pessoas (em 18 cidades) moram bem no pé do monte (denominado de zona vermelha, com cerca 200 Km²). Você se pergunta se eles têm medo? Eu também me perguntei… Bom, parece que quem nasceu ali não muda por nada e se acontecer algo – mesmo com toda estrutura da proteção civíl para a evacuação – seja o que Deus quiser…
Nada melhor do que acabar com um clássico provérbio napolitano: ” ‘A cervèlla’e ll’ommo è’na sfoglia ‘e cepolle.” – A mente do homem é delicada mas, ao mesmo momento, muito complexa e capaz de coisas grandiosas.
* O nome Castel dell’Ovo (Castelo do Ovo) deriva de uma antiga lenda, onde o poeta latino Virgílio esconde nas bases do castelo um ovo que mantém em pé toda a fortaleza. Quebrar o ovo não só provocaria a queda do castelo, mas também uma série de catástrofes em toda a cidade.
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Alguns links externos:
. Site oficial: Comune di Napoli (www.comune.napoli.it)
. Futebol: Società Sportiva Calcio Napoli (www.sscnapoli.it)
. Música: Peppino Gagliardi (www.peppinogagliardi.net)
. Comida: Pizza Napolitana (pt.wikipedia.org/wiki/Pizza)
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Grande abraço e muita paz!
Michel P. Zylberberg
www.rodandopelomundo.com