Hoje parei um pouco para pensar em algumas notícias dos últimos dias. A primeira era da escolha do Brasil como sede do Campeonato Mundial de Futebol em 2014, envolvendo o discurso de infra-estrutura e tudo mais. Claro que a paixão do nosso povo pelo futebol é incrível, mas não podemos negar que será difícil gestir tanto dinheiro e tantas obras sem que problemas aconteçam.

Homenagem pela escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 – portal Google (03/10/09)
A segunda é a pesquisa da renomada revista americana Forbes que aponta o Rio de Janeiro como a cidade “mais feliz do mundo”. Transcrevo uma parte da reportagem traduzida no portal do UOL:
A relação das cidades mais felizes do mundo (…) foi elaborada em função dos dados de uma recente pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa de mercado GFK Custom Research North America e pelo consultor Simon Anholt, que reuniu as respostas de dez mil pessoas em mais de 20 países.
“Brasil é associado a bom humor, a um bom estilo de vida e ao carnaval” diz Anholt. “O carnaval é muito importante, é a imagem clássica que as pessoas têm do Rio, e é uma imagem de felicidade”, afirma.
O segundo lugar da lista é de Sydney, na Austrália, país da quinta colocada, Melbourne. A terceira colocada é a cidade espanhola de Barcelona, seguida pela capital holandesa, Amsterdã.
Para Anholt, a pesquisa reflete em grande medida a antiga reputação das cidades do Mediterrâneo e da América Latina como lugares festivos. “É uma pesquisa de percepção, não da realidade”, disse o consultor à revista americana. (Forbes e UOL)
A última e mais recente é a nomeação, desbancando gigantes como Chicago, Madrid e Tokio, para sediar as Olimpíadas de 2016. Um parágrafo de uma reportagem do UOL me preocupa tantíssimo:
Para resolver os problemas, o Rio de Janeiro apostou no maior orçamento entre as cidades finalistas. A Olimpíada de 2016 vai custar cerca de R$ 25,9 bilhões, com os gastos divididos entre os governos federal, estadual e municipal e a iniciativa privada.
R$ 25,9 BILHÕES??? Se os nossos milhares de sofridos reais já escorregam diretamente nos bolsos de políticos e afins, imagina 30 bilhões! Claro que como brasileiro, o meu orgulho e auto-estima estão em alta, mas… estes “mas…” que me preocupam.

Foto original: Portal UOL
Não quero fazer festa antes da hora, mas se pensarmos em um momento propício para vermos o Brasil finalmente entrando com tudo na onda da nossa ainda poética “ordem e progresso”, sem duvida seria nos próximos 7 anos. É esperar para crer. Sempre com um pouco de boa vontade e honestidade dos nosso políticos que agora choram de felicidade.
Afinal, se o Rio era já a cidade mais feliz do mundo, imagina agora!
Grande abraço e bom fim de semana! PAZ!
Michel P. Zylberberg
www.rodandopelomundo.com