…rodando pelo mundo…

By | 24.01.2009

É estranha essa sensação de um abismo entre pessoas “famosas”, da mídia e nós, pobres mortais desconhecidos.

Criamos uma imagem de pessoas intocáveis, seres superiores que, ao tentarmos uma aproximação, corremos sempre o grande risco de entrarmos para o hall dos chatos descritos na coluna “O chato é antes de tudo um forte”, do Arnaldo Jabor.

Já vi muitas pessoas famosas, meio-famosas, pseudo-famosas, indiferentes… pessoalmente e sempre que percebo que aquela pessoa ali na minha frente é a mesma que via na TV ou lia sempre a respeito, sinto uma sensação estranha.

Não que saia correndo para abraçar, já me considerando íntimo… muito pelo contrário. Me dá uma certa pena. Pagam o preço alto da fama.

São seres atormentados e medrosos, sempre tentando se camuflar para passarem desapercebidos pelo assédio muitas vezes brutal e sempre inconveniente.

Citei Arnaldo Jabor porque é uma pessoa das quais sempre quis sentar em uma mesa de bar algum dia para uma conversa despretensiosa.

São pessoas que a gente se identifica naturalmente. Pensei em mandar um e-mail para ele, mas não encontrei o endereço.

Talvez melhor assim. Pode ser um risco que não vale a pena correr, já que tudo que você imagina nem sempre acontece.

São tantas pessoas arrogantes e pretensiosas que no fundo são tão vazias quanto o próprio cérebro ou coração.

Mas alguns eu tenho certeza que jamais seriam assim. Zeca Pagodinho é um deles. Não preciso explicar o motivo…

Procuro sempre me especializar na arte de desvendar pessoas, coisa que sempre me intriga.

Depois de muito sofrer com uma infância solitária e sem amigos, por volta dos 14 anos finalmente aprendi que se você quer ser amigo de alguém, a melhor maneira é fazer com que aquela pessoa queira ser seu amigo.

É uma teoria que mudou minha vida completamente. E é assim, tão simples.

Antes de tudo mostre que você tem sua própria personalidade, assim será notado.

E quanto ao título do post, sei que essa cervejinha com o Jabor é algo impossível de rolar.

E, muito provavelmente, ele jamais saberá que eu existo. Mas admiro seu trabalho e suas idéias e deixo registrado aqui.

Sempre grato por vocês, raros e esporádicos leitores. E aliviado pelo eterno anonimato.

PS.: Depois de ler o livro do crônicas do Jabor e ver uma entrevista dele no Jô, retiro tudo que disse. Fico só com o Zeca Pagodinho… e o Mário Prata, claro.